07 maio 2008

Na solidão dos cem anos
Acho interessante quando um escritor mantém sua originalidade e dela sabe usufruir. Percebo isto em Gabriel Garcia Márquez, pois estou enfurnado nas primeiras páginas de Cem anos de solidão. (Tá bom, não precisam me apedrejar, eu e minha velha mania de comentar livros antes mesmo de terminar de lê-los.) Confesso que muitas passagens/trechos deste livro me cativaram e até mesmo me surpreenderam.
Nas tardes de chuva, bordando com um grupo de amigas na varanda das begônias, perdia o fio da conversa e uma lágrima de saudade lhe salgava o céu da boca quando via as faixas de terra úmida e os montículos de barro construídos pelas minhocas no jardim. Estes prazeres secretos, vencidos em outros tempos pelas laranjas com ruibarbo, irromperam num desejo irreprimível quando começou a chorar. Voltou a comer terra. Da primeira vez, fê-lo quase que por curiosidade, certa de que o gosto ruim seria o melhor remédio contra a tentação. E, com efeito, não pôde suportar a terra na boca. Mas insistiu, vencida pela ânsia crescente, e pouco a pouco foi satisfazendo o apetite ancestral, o gosto pelos minerais primários, a satisfação sem par do alimento original.
Beijos.
estou com um pouco de pressa entao nao lerei seu texto agora, vim para responder sobre seu coment no meu blog...
conflitos na marca de minha escrita?? hehe Bem provavel que sim, conflitos me fazem refletir e refletir me faz crescer e crescer é tudo que eu quero...
beijos
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