09 julho 2009
Sobre as verrugas que nos inflamam

É assim que me convenço de que o amor só se concretiza numa pessoa se fizer dela refém. O amor é uma aposta que põe em jogo o nosso senso de normalidade. Mas diante da cena que acima testemunhei não posso dizer que fosse um amor puro. No mínimo era um amor subnutrido, regado pela falta de aceitação de si. Pois a aceitação de si é o que disciplina a nossa doação ao outro. Amor sem disciplina é um carro sem freios, um bola de futebol numa ladeira.
Eu não sei se vocês se sentem o mesmo, mas diante de situações como esta, ver alguém mendigar um amor, pondo em risco sua própria vida, ameaçando se jogar do alto de um prédio, dá uma vontade de estar embaixo, com uma torcida para gritar: “pula, pula, pula...” Amor é suicídio mesmo. Para se amar alguém profundamente tem que se ter a consciência de que se o amor é pra velar tem que ser desastroso. Ser desastroso não que dizer não ter apreço por si. Ser desastroso é estar consciente de que o amor é uma verruga que nos inflama silenciosamente enquanto paramos para contar estrelas.
Comments:
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Pois é cada coisa que temos que ver..não consigo entender essa exposição de algumas pessoais em torno do amor..nem acho que isso seja amor, talvez seja obsessão...
beijos
beijos
tenho entendimento que cada um delimita o amor, de acordo com sua personalidade...
o dramatico, ama dramaticamente
o egoista, ama egoisticamente
o livre, ama livremente..
.
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o suicida, se mata por amor...
rs...
o dramatico, ama dramaticamente
o egoista, ama egoisticamente
o livre, ama livremente..
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o suicida, se mata por amor...
rs...
O amor é uma coisa muito bonita e tal que nos arrebata e blábláblá, mas isso aí é falta de acompanhamento médico.
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